domingo, 10 de março de 2013

Amanhã dia 11/03/2013 Começa o Julgamento do Caso Mércia Nikie Nakashima


A advogada morta Mércia Nakashima

Mizael atuará como advogado em julgamento do caso Mércia Nakashima.
O réu sentará ao lado de seus defensores e poderá até interrogar testemunhas. Estratégia é provar que ele não matou a ex-namorada em uma represa na cidade de Nazaré Paulista.
Com previsão para durar cinco dias, o julgamento do caso Mércia Nikie Nakashima começa nesta segunda-feira (11) com requintes de espetáculo protagonizado pelos acusadores e defensores do advogado Mizael Bispo de Souza, hoje com 42 anos.
Do banco dos réus, ele promete roubar a cena do julgamento transmitido pela TV ao atuar como um dos estrategistas da tese que pretende absolvê-lo da acusação de matar sua ex-namorada no dia 23 de maio de 2010 em uma represa em Nazaré Paulista, cidade a 90 quilômetros de São Paulo.

A cronologia do caso Mércia
Relatos de agressividade e ciúme reforçam suspeitas contra Mizael

O promotor de Justiça Rodrigo Merli Antunes trata como certa a condenação do advogado, descrito por ele como um “psicopata” que não aceitou o término de um namoro de quatro anos e, “perturbado”, viu “aflorar um sentimento de vingança”.
Para Antunes, esse é o perfil de um “assassino passional”. “Espero que ele receba uma pena de 20 a 25 anos de reclusão”, calcula.
Do outro lado, o defensor Samir Haddad Junior planeja surpreender o juri, descartando a tradicional imagem do “réu amedrontado” e promovendo Mizael ao papel de injustiçado.

O assassinato
O crime não demorou nem uma hora desde aquele telefonema, segundo uma testemunha sigilosa que garante ter assistido ao assassinato a uma distância de 100 metros. Ela conta que estava pescando à luz de um lampião quando ouviu “dois gritos femininos ou de criança” dentro de um carro prateado que se aproximava da margem.
Logo em seguida, diz o pescador, “um homem alto” saiu do veículo. Enquanto se concentrava na pescaria, a testemunha levou um susto ao avistar o carro já afundando nas águas da represa.
Foram três minutos para o veículo desaparecer e quatro dias para a testemunha ligar o episódio à noticia no jornal que relatava o desaparecimento de Mércia. Ele, então, ligou para o disque-denúncia.
Segundo o Instituto de Criminalística, Mércia levou um tiro, dentro do carro, que lhe feriu o braço, atravessou a mandíbula e lhe deixou inconsciente, o que facilitou a morte por afogamento.
O carro foi encontrado no dia 10 de junho a 25 metros da margem e a seis de profundidade. O corpo da advogada foi avistado boiando no dia seguinte, às 9h30, por outro pescador, que, por decisão própria, usou um barco para ajudar nas buscas.
A fuga
De acordo com o promotor Rodrigo Merli Antunes, o crime - planejado há dias - contou com um cúmplice: o funcionário informal de Mizael e vigia Evandro Bezerra Silva, que teria recebido a oferta de R$ 5 mil para apanhá-lo em uma estrada vicinal e levá-lo de volta a Guarulhos.
Depois de mudar três vezes de versão, o vigia admitiu ter ido buscar Mizael, mas nega que soubesse do crime. A história que será defendida no julgamento é que ele recebeu um telefonema do patrão pedindo que o buscasse em uma festa perto da represa.

O que diz Mizael

 

Bispo ao chegar à casa onde mora em Guarulhos.

O ex-PM afirma que no dia do crime dormiu das 16h às 18h. Quando acordou, ficou de bate-papo com o irmão e o vizinho até 19h. Depois, se dirigiu a uma boate no centro de Guarulhos antes de pagar R$ 20 pelos serviços de uma garota de programa. Os dois ficaram juntos em seu carro até 22h40, quando ele finalmente voltou para casa.
Mizael afirma que só ficou sabendo do desaparecimento da ex-namorada às 14h de terça-feira, quando o pai da moça, Macoto Nakashima, ligou para ele perguntando a respeito.
O policial reformado sempre negou o crime. Disse em depoimento que Mércia “era tratada como uma rainha” e que ele jamais a agrediu. Sua mágoa, diz, foi vê-la recusar a aliança de casamento por orientação dos pais, contrários à relação.
Ciúme
Os relatos de agressividade e ciúme do réu sustentam a tese do promotor de que o advogado cometeu o crime por não aceitar o fim do relacionamento. Silmara, a amiga de Mércia, diz que ele descobriu a senha do bate-papo da ex e começou a se passar por ela.
A testemunha conta que os dois se conheceram por intermédio da irmã da vítima, Cláudia Eliane Nakashima, que estudava com o rapaz na mesma sala de faculdade. A própria Cláudia lembra em seu depoimento do dia em que Mizael teria sacado sua pistola e atirado contra o carro de um professor que lhe dera nota baixa.
Ao delegado, ela falou da desconfiança que sentiu quando viu hematomas pelo corpo da irmã um dia antes do rompimento do namoro. Mércia, no entanto, nunca relatou à família qualquer agressão do namorado.

Postado Por Paulo Gonçalves WebBoroGZuca, cadê as manifestações por parte da mídia e a sociedade contra essa e outras mais impunidade pela Fome e Miséria, cadê Femen Brasil, Marcos Feliciano dos Direitos Humanos, da Xuxa Apresentadora e modelo, cadê a Senhora Presidenta Dilma Rousseff, "no BRASIL só tem brechas para a Podridão e Corrupção Generalizada". 

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