Montanha de Peixes Morto na lagoa Rodrigo de Freitas - Estado do Rio de Janeiro
Poluição cadê os culpados?
Se chegarmos a 2050 em um cenário de desastre ambiental, 3,1 bilhões de pessoas a mais estarão vivendo na extrema pobreza, se compararmos com os dados das projeções mais otimistas. Na comparação com o cenário base, serão 2,7 bilhões a mais, segundo o relatório do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), divulgado nesta quinta-feira (14), com base em números referentes ao ano de 2012.
IDH 2012
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A ONU deixa claro em seu relatório que apesar de as ameaças ambientais como mudança climática, desastres naturais, desmatamento e poluição da água e do ar atingirem todo o mundo, os países e comunidades pobres são os mais prejudicados.
O sul da Ásia e a África subsaariana serão as regiões mais afetadas. Comparando com 2010, em 2050, serão mais 650 e 685 milhões de pessoas na extrema pobreza, respectivamente. Se comparado com o melhor cenário, são mais 1,194 bilhão e 995 milhões de pobres em cada região.
A mudança climática já está crônica e as perdas de ecossistemas estão restringindo oportunidades de subsistência, especialmente para as pessoas pobres, diz a ONU. "Um ambiente limpo e seguro deve ser visto como um direito, não um privilégio", afirma no relatório.
Sob o cenário de catástrofe ambiental, o valor médio global do IDH seria 15% menor em 2050 do que no cenário base, que assume uma continuação, mas não um agravamento das atuais tendências ambientais. Nas regiões mais atingidas, o sul da Ásia teria uma queda de 22% no IDH enquanto a África subsaariana teria redução em 24%, o que travaria ou até reverteria décadas de progresso no desenvolvimento humano.
Estas conclusões se baseiam em dois fatores inter-relacionados: um aumento de 1,9 bilhão de pessoas em extrema pobreza devido à degradação ambiental e a manutenção de 800 milhões de pessoas na pobreza (que sairiam desta situação no cenário base).
O relatório aponta as ameaças ambientais entre os impedimentos mais graves para aumentar o desenvolvimento humano, e suas conseqüências para a pobreza podem ser muito altas.
O IDH de 2011 destacou que igualdade e sustentabilidade são indissociáveis. Sociedades sustentáveis precisam de políticas e mudanças estruturais que alinhem o desenvolvimento humano com as metas ambientais, com baixa emissão de CO2, estratégias para combater e se adaptar às mudanças climáticas e mecanismos inovadores de financiamento público-privado.
IDH pelo mundo
Postado Por Katarina Dutra
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