A ex-ministra Marina Silva registrou em cartório na manhã desta quarta-feira o estatuto e o programa partidário...
A ex-ministra Marina Silva registrou em cartório na manhã desta quarta-feira o estatuto e o programa partidário da Rede Sustentabilidade. Com o registro, é oficializada a intenção de criar um partido político. A futura candidata à presidente da República em 2014 disse que enquanto seus adversários estão batendo boca publicamente, ela se sente "feliz por estar discutindo propostas". Para ela, "focar apenas nas eleições é o que faz a política ficar estagnada".
Assim como para a presidente Dilma Rousseff e para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), a campanha eleitoral de Marina também já começou, mas em vez de pedir votos, ela clama por assinaturas. Para todos que querem autógrafos, fotos ou apenas cumprimentá-la, ela repete a frase: "Ajude a gente com as assinaturas, hein?". Ela precisa de 500 mil para conseguir oficializar a Rede como um partido.
O deputado federal Alfredo Sirkis (PV-RJ) também criticou a antecipação da campanha dos adversários. Para ele, o debate prematuro em ano ímpar prejudica a atuação do governo. "Daqui a pouco vai ser a presidente brigando com o governador de Pernambuco (Eduardo Campos) e quem vai sofrer é o povo pernambucano."
O estatuto registrado nesta quarta-feira informa que "a Rede é uma associação de cidadãos e cidadãs dispostos a contribuir voluntária e de forma colaborativa para superar o monopólio partidário da representação política institucional, intensificar e melhorar a qualidade da democracia no Brasil e atuar politicamente para prover todos os meios necessários à efetiva participação dos brasileiros e brasileiras nos processos decisórios que levem ao desenvolvimento justo e sustentável da Nação, em todas as suas dimensões".
A obtenção do registro de pessoa jurídica consiste no primeiro passo para posterior registro no Tribunal Superior Eleitoral como partido político. O registro foi feito no 1º Cartório de Registro de Pessoa Jurídica de Brasília.
No dia 8 de fevereiro de 1958, em Rio Branco, capital do estado do Acre, nascia uma das filhas de Pedro Augusto da Silva e de Maria Augusta da Silva, a acreana Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima. Seu pai era um seringueiro e sua família era pobre. A baixa instrução da população fez com que a garota adoecesse de malária, além de ser contaminada por mercúrio e leishmaniose. Foi morar na cidade em que nasceu em 1974, sendo cuidada e protegida pelo bispo do Acre, Dom Moacyr Grachi. Vivendo com o bispo, recebeu uma educação católica e planejou ser freira. Já na adolescência, Maria Osmarina começou a trabalhar como empregada doméstica em uma casa em Rio Branco.
Aos dezesseis anos de idade, a acreana foi inscrita no Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), o órgão de alfabetização do governo militar. Sempre inteligente, Maria concluiu a sua alfabetização e foi cursar História na Universidade Federal do Acre. Se tornou professora de Ensino Médio e, junto ao seringueiro Chico Mendes, fundou a Central Única dos Trabalhadores no Acre. Se filiou ao Partido dos Trabalhadores e foi a candidata mais votada à Câmara Municipal de Rio Branco, elegendo-se. Nessa época, passou a ser chamada de Marina Silva. Após dois anos de mandato, foi candidata à Assembleia Legislativa do Acre, elegendo-se mais uma vez, novamente como a mais votada.
Em 1994, Marina Silva entrou de fato no grande cenário político nacional: ao 36 anos, foi eleita a senadora mais nova da história do Brasil. Ao fim de seu mandato, em 2002, se reelegeu com votação expressiva. Contudo, se licenciou de seu segundo mandato no Senado Federal, em 2003, para poder assumir o Ministério do Meio Ambiente do governo Lula. É, hoje, considerada a melhor ministra que a pasta já teve. Em sua gestão, diminui consideravelmente os índices de desmatamentos na Amazônia e chegou a receber um prêmio da ONU por sua luta em prol do meio ambiente, entre muitos outros!
Em 2008, começaram suas desavenças com o PT e deixou o ministério. Um ano depois, abandonou o próprio partido, migrando para o Partido Verde, a fim de se candidatar à Presidência da República em 2010. Apenas o partido da presidenciável participou de sua chapa. O candidato a vice-presidente pela chapa puto-sangue foi o empresário Guilherme Leal. Em todo o Brasil, esperava-se que a candidatura de Marina fosse mais uma sem relevância, assim como ocorre com os candidatos de muitos partidos nanicos.
Aconteceu o oposto.
A verde terminou a eleição com 20% dos votos, em terceiro lugar! Atraiu milhões de pessoas que queriam um novo tipo de governo, ético, ecológico e honesto. Teve quase 20 milhões de votos e aumentou sua fama no Brasil e em todo o mundo. No segundo turno das eleições não apoiou nenhum dos candidatos e manteve seu voto em segredo.
Marina Silva saiu de 2010 já considerada candidata em 2014. A ex-senadora fez o PV crescer e a agremiação passou a ser classificação como um partido médio. Celebridade entre os verdes, deixou o partido em 2011 por desavenças com o presidente do PV, José Luiz da Penna, por ele administrar a agremiação partidária à doze anos.
Recebeu convites do PPS e trabalha para fundar um novo partido. Marina Silva tem 53 anos e quatro cargos políticos em seu curriculum. É cedo demais para abandonar a vida pública! Mas o Brasil perderia mais sem Marina na política do que o contrário, uma vez que, como visto em 2010, é uma das maiores vozes públicas de nosso país, comprometida, principalmente, com o meio ambiente, uma área ignorada pelos governos brasileiros há décadas...
Aos dezesseis anos de idade, a acreana foi inscrita no Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), o órgão de alfabetização do governo militar. Sempre inteligente, Maria concluiu a sua alfabetização e foi cursar História na Universidade Federal do Acre. Se tornou professora de Ensino Médio e, junto ao seringueiro Chico Mendes, fundou a Central Única dos Trabalhadores no Acre. Se filiou ao Partido dos Trabalhadores e foi a candidata mais votada à Câmara Municipal de Rio Branco, elegendo-se. Nessa época, passou a ser chamada de Marina Silva. Após dois anos de mandato, foi candidata à Assembleia Legislativa do Acre, elegendo-se mais uma vez, novamente como a mais votada.
Em 1994, Marina Silva entrou de fato no grande cenário político nacional: ao 36 anos, foi eleita a senadora mais nova da história do Brasil. Ao fim de seu mandato, em 2002, se reelegeu com votação expressiva. Contudo, se licenciou de seu segundo mandato no Senado Federal, em 2003, para poder assumir o Ministério do Meio Ambiente do governo Lula. É, hoje, considerada a melhor ministra que a pasta já teve. Em sua gestão, diminui consideravelmente os índices de desmatamentos na Amazônia e chegou a receber um prêmio da ONU por sua luta em prol do meio ambiente, entre muitos outros!
Em 2008, começaram suas desavenças com o PT e deixou o ministério. Um ano depois, abandonou o próprio partido, migrando para o Partido Verde, a fim de se candidatar à Presidência da República em 2010. Apenas o partido da presidenciável participou de sua chapa. O candidato a vice-presidente pela chapa puto-sangue foi o empresário Guilherme Leal. Em todo o Brasil, esperava-se que a candidatura de Marina fosse mais uma sem relevância, assim como ocorre com os candidatos de muitos partidos nanicos.
Aconteceu o oposto.
A verde terminou a eleição com 20% dos votos, em terceiro lugar! Atraiu milhões de pessoas que queriam um novo tipo de governo, ético, ecológico e honesto. Teve quase 20 milhões de votos e aumentou sua fama no Brasil e em todo o mundo. No segundo turno das eleições não apoiou nenhum dos candidatos e manteve seu voto em segredo.
Marina Silva saiu de 2010 já considerada candidata em 2014. A ex-senadora fez o PV crescer e a agremiação passou a ser classificação como um partido médio. Celebridade entre os verdes, deixou o partido em 2011 por desavenças com o presidente do PV, José Luiz da Penna, por ele administrar a agremiação partidária à doze anos.
Recebeu convites do PPS e trabalha para fundar um novo partido. Marina Silva tem 53 anos e quatro cargos políticos em seu curriculum. É cedo demais para abandonar a vida pública! Mas o Brasil perderia mais sem Marina na política do que o contrário, uma vez que, como visto em 2010, é uma das maiores vozes públicas de nosso país, comprometida, principalmente, com o meio ambiente, uma área ignorada pelos governos brasileiros há décadas...
Postado Pleo Movimento Social Brasileiro - MSB
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