Diante das especulações sobre o conteúdo do relatório referente aos escândalos da Santa Sé, o papa Bento 16 oficializou nesta sexta-feira (22) a transferência do monsenhor Ettore Balestrero, subsecretário de Estado do Vaticano, para ocupar o cargo de núncio apostólico (embaixador) na Colômbia.
Cinco cardeais brasileiros deverão participar do conclave que se reunirá para eleger o sucessor do papa Bento 16. Segundo a última lista do Vaticano, há um total de 116 cardeais aptos a votar no conclave.
Para poder votar na escolha do papa, o cardeal precisa ter menos de 80 anos. O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício do Vaticano, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite.
O porta-voz do Vaticano Federico Lombardi classificou a transferência, que segundo ele estava sendo estudada havia meses, como uma "promoção" e descartou qualquer relação do fato com o documento de 300 páginas escrito por três cardeais a pedido do papa Bento 16.
Balestrero, que estava em seu cargo atual desde 2009, era responsável por manter o Vaticano na lista dos países financeiramente transparentes. Também esteve à frente das negociações com a China, com Israel, além de ter liderado a delegação que investigou o escândalo de corrupção do Banco do Vaticano.
O lugar de Balestrero no Vaticano será ocupado pelo Antoine Camilleri, ex-secretário particular do Ministro das Relações Exteriores, Dominique Mamberti.
As denúncias, publicadas por dois importantes veículos de comunicação da Itália, o jornal "La Repubblica" e a revista "Panorama", afirmam que o pontífice decidiu renunciar ao cargo depois de receber um relatório ultrassecreto de 300 páginas, produzido por três cardeais de confiança.
No relatório são descritas as lutas internas pelo poder e pelo dinheiro, assim como o sistema de chantagens internas baseadas em fraquezas sexuais, o chamado "lobby gay" do Vaticano.
Sob o título "Não fornicarás, nem roubarás, os mandamentos violados no relatório que sacudiu o Papa", o "La Repubblica" aponta que o relatório descreve a existência de uma "rede transversal unida pela orientação sexual". "Pela primeira vez, a palavra homossexualidade foi pronunciada no apartamento papal", afirma o jornal.
O jornal afirma que durante oito meses os cardeais interrogaram diversos cardeais, bispos e laicos, dividindo-os por congregação e nacionalidade, e estabeleceram que existem vários grupos de pressão dentro do Vaticano, entre eles um sujeito a chantagem, a "impropriam influenciam" por sua homossexualidade.
Outro grupo se especializa em montar e desmontar carreiras dentro da hierarquia vaticana e outro aproveita para utilizar recursos multimilionários para seus próprios interesses à sombra da cúpula de São Pedro através do banco do Vaticano, de acordo com a publicação, que descreve nesta sexta-feira "a guerra pelo dinheiro no Banco de Deus".
Em seu relatório especial, a revista "Panorama", em um artigo assinado por Ignazio Ingrado, sustenta que o documento cardinalício será determinante para a eleição do sucessor de Bento 16.
Para as duas publicações, o papa, que foi informado em várias ocasiões sobre o resultado da investigação dos três cardeais, se convenceu de que um sucessor mais jovem, forte e enérgico era o melhor indicado para fazer a limpeza na milenar instituição, e por isso decidiu deixar o trono de Pedro no dia 28 de fevereiro.
ENTENDA O PROCESSO SUCESSÓRIO DO PAPA
Quando o chefe da Igreja Católica renuncia a sua função ou morre, seu sucessor é eleito pelos cardeais reunidos em conclave na Capela Sistina, onde ficam isolados do mundo exterior.Cinco cardeais brasileiros deverão participar do conclave que se reunirá para eleger o sucessor do papa Bento 16. Segundo a última lista do Vaticano, há um total de 116 cardeais aptos a votar no conclave.
Para poder votar na escolha do papa, o cardeal precisa ter menos de 80 anos. O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício do Vaticano, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite.
Balestrero, que estava em seu cargo atual desde 2009, era responsável por manter o Vaticano na lista dos países financeiramente transparentes. Também esteve à frente das negociações com a China, com Israel, além de ter liderado a delegação que investigou o escândalo de corrupção do Banco do Vaticano.
O lugar de Balestrero no Vaticano será ocupado pelo Antoine Camilleri, ex-secretário particular do Ministro das Relações Exteriores, Dominique Mamberti.
Relatório ultrassecreto
Uma série de revelações sobre uma trama de corrupção, sexo e tráfico de influência no Vaticano, lançadas nesta semana pela imprensa italiana, ofuscam o conclave para a eleição de um novo papa após a histórica renúncia de Bento 16.As denúncias, publicadas por dois importantes veículos de comunicação da Itália, o jornal "La Repubblica" e a revista "Panorama", afirmam que o pontífice decidiu renunciar ao cargo depois de receber um relatório ultrassecreto de 300 páginas, produzido por três cardeais de confiança.
No relatório são descritas as lutas internas pelo poder e pelo dinheiro, assim como o sistema de chantagens internas baseadas em fraquezas sexuais, o chamado "lobby gay" do Vaticano.
Sob o título "Não fornicarás, nem roubarás, os mandamentos violados no relatório que sacudiu o Papa", o "La Repubblica" aponta que o relatório descreve a existência de uma "rede transversal unida pela orientação sexual". "Pela primeira vez, a palavra homossexualidade foi pronunciada no apartamento papal", afirma o jornal.
O jornal afirma que durante oito meses os cardeais interrogaram diversos cardeais, bispos e laicos, dividindo-os por congregação e nacionalidade, e estabeleceram que existem vários grupos de pressão dentro do Vaticano, entre eles um sujeito a chantagem, a "impropriam influenciam" por sua homossexualidade.
Outro grupo se especializa em montar e desmontar carreiras dentro da hierarquia vaticana e outro aproveita para utilizar recursos multimilionários para seus próprios interesses à sombra da cúpula de São Pedro através do banco do Vaticano, de acordo com a publicação, que descreve nesta sexta-feira "a guerra pelo dinheiro no Banco de Deus".
Em seu relatório especial, a revista "Panorama", em um artigo assinado por Ignazio Ingrado, sustenta que o documento cardinalício será determinante para a eleição do sucessor de Bento 16.
Para as duas publicações, o papa, que foi informado em várias ocasiões sobre o resultado da investigação dos três cardeais, se convenceu de que um sucessor mais jovem, forte e enérgico era o melhor indicado para fazer a limpeza na milenar instituição, e por isso decidiu deixar o trono de Pedro no dia 28 de fevereiro.
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