quarta-feira, 17 de abril de 2013

Centrais sindicais realizam protesto na Av. Paulista contra o aumento de juros


Argumento é que manutenção da política de redução dos juros vai beneficiar trabalhadores.

Protesto na Avenida Paulista, na manhã desta quarta-feira (17), contra o aumento da Selic

Cinco centrais sindicais fizeram nesta quarta-feira (17) um protesto em frente ao edifício do Banco Central, localizado na Avenida Paulista, contra uma possível elevação da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 7,25% ao ano. Membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) estão reunidos em Brasília e vão anunciar a decisão sobre os juros na noite de hoje.
Os representantes dos sindicatos defendem que a manutenção da política de redução dos juros vai trazer benefícios aos trabalhadores. “Nós temos a experiência de que taxa de juros muito alta gera desemprego e recessão econômica. Neste momento, querer aumentá-la significa recessão, diminuição de salários e desemprego no nosso país”, disse João Carlos Gonçalves Juruma, secretário-geral da Força Sindical.
A taxa Selic começou a cair em agosto do ano passado, quando foi de 12,5% para 12% ao ano, e manteve a trajetória de queda até outubro de 2012, quando passou de 7,5% para 7,25% ao ano. A política do governo foi apoiada pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central Única dos Trabalhadores (CUT), além da Força Sindical, que participaram do protesto de hoje.
Para Canindé Pegado, secretário-geral da UGT, a elevação dos juros pelo Copom iria priorizar apenas o controle da inflação no país. “Juros altos significam redução de demanda do consumo e encarecimentos dos preços, efeitos nocivos ao mercado de trabalho”, avalia.
Ele acredita que a prioridade do governo deve ser o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). “Queremos que o Copom hoje, em vez de anteder ao conceito monetarista de controlar a inflação através de juros altos, baixe a taxa de juros, para aumentar o consumo e gerar mais empregos”, acrescentou.
Economia/Política BoroGZuca

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