Cantor fala sobre o novo disco e diz que álbum deve ser ouvido "dentro de um carro conversível passando por coqueiros pelo Rio, Miami e Havaí"
Ed Motta é um ávido colecionador de música, com quase 30 mil discos em seu acervo. À própria discografia, ele acrescenta agora mais um disco, "AOR", o 10º da carreira, que foi lançado nesta semana. Crítico observador do cenário musical, o cantor afirma que "a música passa por um hiato criativo" e que a "ruindade musical não é exclusividade do Brasil, mas mundial".
Sobrinho de Tim Maia, por quem ele diz não ter sido influenciado, Ed foca "AOR" em "músicas adulto-contemporâneas", relacionadas ao termo "Adult Oriented Rock" ("Rock Orientado a Adultos" em tradução livre), cunhado pelas rádios norte-americanas dos anos 1970. "É um álbum para ser ouvido dentro de um carro conversível passando por muitos coqueiros pelo Rio de Janeiro, Los Angeles, Miami, Havaí", descreve.
O artista de 41 anos entrou na mira dos internautas quando usou o Facebook, em 2011, para publicar controversas frases sobre a beleza do povo brasileiro. Na época, aspas como "mulher feia tem que cantar igual Sarah Vaughan, se não eu não tenho tempo hahaha!" incomodaram várias pessoas.
Acho que não. Na verdade, esse é um tipo de música com uma nomenclatura que não é tão conhecida, mas que no Brasil toca em rádio o tempo inteiro, nas chamadas "rádios adultas contemporâneas", as "AOR". Mas isso não impede que os jovens ouçam. Existe um movimento muito forte de AOR na Escandinávia e são todos muito jovens. Eu tenho um grupo no Facebook de "AOR" há uns quatro anos e há muitos jovens ali que não são europeus, mas brasileiros. Fiquei surpreso de ver os jovens inteirados nisso.
Na verdade, isso fica na vida da gente, são coisas que a gente aprende com os erros. A minha música é estritamente musical. A mensagem dela é essa, meu discurso é de música o tempo inteiro. É uma ode ao abstracionismo, e no momento eu gostaria que minha música não fosse um retrato da realidade, mas sim do abstrato, não teria resposta com nada de pragmático.
Eu uso muito a internet, sou viciado nela e desde que o computador entrou em casa foi uma revolução para mim. A grande coisa que faço com a internet são minhas páginas de Facebook e Twitter, ouço rádios online, busco milhares de informações sobre muitos assuntos. A Isso tem muito mais peso e relevância do que qualquer outra coisa.
Música BoroGZuca
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