domingo, 3 de novembro de 2013

Amor à distância (virtual)



Sei que você está longe... Mas às vezes parece estar perto demais...

Em alguns momentos pareço mesmo sentir a sua pele e o seu hálito. Seria bom se fossem reais!


Fotografias, tantos e-mails trocados, alguns telefonemas esparsos trazem um pouco mais de ilusão ou realidade (sei lá!!) a essa promessa de grande amor...

Será que seremos capazes de confirmar o que sentimos à distância?
Acho que sim, pois os tais e-mails transportam os aromas da pureza e das boas intenções. As fotos fazem-me pressentir a doçura e o calor da sua pele, e a sua voz - aquela que só ouço ao telefone - me sensibiliza e faz imaginar o que poderia fazer bem perto dos meus ouvidos.

Acho mesmo que te amo!
Beijo grande e até breve!




O amor romântico é como um traje, que, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que formamos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em que o vestimos.

O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão.


Só o não é quando a desilusão, aceite desde o princípio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.

(Fernando Pessoa)

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